Twitter, Facebook, WordPress, Instagram, etc., etc., etc. Uma característica em comum: uma das primeiras tarefas: “Fale um pouco sobre você”. Eu travo. Coisa difícil fazer uma descrição de mim mesma. Como apresentar qualidades sem parecer presunçosa? E não sou tola de falar sobre meus defeitos.
Então, por que cargas d’água coloco aqui um post sobre o tema? Resposta fácil. Entrei em um curso para “blogueiros” oferecido pelo WordPress, o Blogging 101: Zero to Hero. A tarefa de hoje, o primeiro dia, é escrever sobre minha maravilhosa pessoa.
Pensei em desistir. Mas meu pai diz que meu avô falava que desistir da obra começada é sinal de fraqueza. Então, seguindo o ensinamento de duas gerações, lá vou eu.
Costumo escrever, nesses espaços que pedem nossa descrição: “Sou euzinha. Nada mais, nada menos”. Na verdade, isso não quer dizer nada. Vou tentar expandir o tema.
Pausa. Nada. Será que você que me lê pode me ajudar? Ah, tá, obrigada. Vamos ver o que eu gosto de fazer. É mais fácil do que pensar em características de personalidade que envolvem escala de valores. E, através do que eu gosto de fazer, você que é esperto pode encontrar o que eu deveria apresentar para me descrever.
Gosto de rir. De qualquer coisa. Invento motivos para dar uma boa gargalhada. Sabe aquela página do bodinho desaforado no Facebook? Pois é, eu seguia só para poder rir todo dia. Uma das sensações que mais me agrada é a fraqueza que a gente sente depois de chorar de rir.
Gosto de conversar. Sabe aquela pessoa que está na fila do banco e logo puxa conversa com quem está na frente e atrás? Pois é, sou eu. Mas eu tenho um pequeno grau de desconfiômetro e, quando percebo que a outra pessoa não está a fim de papo tiro da bolsa o livro a que me refiro no próximo parágrafo. Em festas, na igreja, sou quase sempre a última a ir embora. Tenho que conversar com todo mundo.
Gosto de ler. Só não gosto de livros mal escritos e de terror. De resto, gosto de tudo. Não saio de casa sem um livro na bolsa, porque se tiver oportunidade, mergulho nele. E leio quatro ou cinco ao mesmo tempo. Devido às circunstâncias, venho lendo e publicando em formato digital, mas gosto mesmo é do papel. E escrevo nos livros. Não dobro o cantinho da página, para mim isso é o mesmo que machucar um amigo, mas escrevo nele com lápis.
Gosto de escrever. Meio óbvio, mas é necessário registrar. Enquanto estou aqui colocando na tela meus pensamentos, sinto um bem-estar imenso. Melhor ainda quando o lápis está correndo pela folha de um caderno. O mundo deixa de existir e só continuamos eu, o lápis, o caderno e o texto. Não escuto nada à minha volta, não me lembro de alegrias nem de tristezas. Só eu, os instrumentos e o texto.
Gosto de assistir séries de TV. Castle, The Big Bang Theory, Friends, Revenge, Grey’s Anatomy, E.R., The Nanny. Ao final do dia, é uma delícia. Não gosto de novelas, porque as coisas demoram demais para acontecer. Quatro meses à espera do último capítulo que todo mundo sabe como vai ser é um exercício inútil de paciência. Já sou bem paciente, não preciso desse. Gosto das séries porque cada capítulo tem uma história com final. Apesar de haver um roteiro mais amplo, que demora a se desenrolar, cada episódio tem um fato de começo, meio e fim. Prefiro.
Gosto de cinema. Não de ir ao cinema. De assistir os filmes em minha casa.
Gosto de ficar em casa. Criei um mundo bem legal para mim aqui em casa, e tenho grande dificuldade de me afastar dele. Na verdade, compartilho do sentimento de Sheldon Cooper, personagem de The Big Bang Theory (com quem tenho muitas características em comum): “Se o bom é sair, por que a humanidade passou milênios se esforçando para aperfeiçoar o que temos dentro de casa?”.
Amo trabalhos manuais. A troca do verbo não foi casual, foi intencional. Amo tricô e scrapbooking em especial, mas gosto de muitos outros tipos de artesanato também. Gostaria muito de saber pintar. Talvez faça um curso um dia.
Amo música. No carro, não desligo o som. Aqui no computador, o iTunes é bem aproveitado. Muitas vezes faço listas de reprodução no You Tube e deixo tocando enquanto trabalho ou estudo. Tenho prazer imenso em cantar, mas, infelizmente, minha voz deixa muito a desejar, então, reservo o privilégio de me ouvir só para mim.
Amo minha família com força. Com muita força. Sou família. Marido, filhos, pais, irmãos, cunhados, sobrinhos, primos, tios são a alegria do meu coração. E também a tristeza. Quando eles sofrem, eu sofro. Se eles estão alegres, eu também estou.
Meu amor maior é Deus. Por ele eu vivo, respiro, existo. Não entendo a vida sem a referência maior da existência espiritual. Não consigo captar como alguém olha à sua volta e não enxerga a presença divina. Tantos detalhes, tantas coincidências, tantos desdobramentos em nossa vida que o acaso não pode explicar.
Essa sou euzinha. Nada mais, nada menos. O que isso quer dizer? Não sei.
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