CARTA AO “MEU” PASTOR

Querido pastor Euler, meu pastor,

Hoje é seu aniversário. Sei que não é o melhor que você já teve, e estou aqui orando para que a tempestade passe logo.

Outro dia a Esther comentou comigo que acha bonitinho eu te chamar de “meu” pastor. Explico.

Tenho 58 anos. Nesse tempo, sempre tive pastores. Bons pastores. E por que seria você o “meu” pastor?

Simplesmente porque você se doa por suas ovelhas. Desde o momento em que chegou à nossa igreja, você participou de nossa vida, nas alegrias e nas tristezas. Em todos os momentos. Estava nas festas, nos hospitais, nos funerais, nas confraternizações, no gabinete, enfim, sempre à disposição de quem quisesse ajuda, ou quisesse, apenas, compartilhar uma vitória, uma alegria. Você viveu nossas lutas, nossas vitórias, nossas dores. Literalmente, caminhou ao nosso lado.

Várias vezes, enquanto o Thiago estava na UTI do Hospital Brasília, você comentou comigo sobre o carinho de nossa igreja com sua família. É simples, a Bíblia explica: “Tudo que o homem semear, isso também ceifará”.

Alguns fatos se destacam em minha lembrança, em meu coração. Logo que você assumiu o posto de nosso pastor, estávamos com a Júlia na emergência do Santa Luzia. Pela janela, vi você chegando. E ali ficou conosco, até ela melhorar. Depois, pegou um avião e foi para Porto Alegre cuidar da Sílvia e do Geba durante a cirurgia do Lucas. Quando meu pai teve câncer, ao pegar o resultado do exame no laboratório, ligou para você, que chegou à casa dos meus pais, com a Elda, antes deles.

No dia em que meu sogro faleceu, você estava na estrada, com outros pastores, indo a uma reunião com o bispo. Ao saber da notícia, fizeram meia volta e chegaram a tempo de nos sustentar naquela hora difícil.

Quantas vezes cheguei à igreja, no domingo de manhã, você olhou para mim e me perguntou se, em vez de ir para a aula, eu não achava melhor ir conversar com você no gabinete. Bastava olhar e você sabia quando eu não estava bem.

E os dias de alegria? Ah, como nos divertimos, quantas risadas demos! Com meu pai e meu sogro, você dirigiu um momento de culto  quando eu e Sérgio completamos Bodas de Prata. Estava lá no culto de gratidão quando nos mudamos para nossa casa no Park Way. Participou praticamente todas as festas de aniversário. Tenho muitas fotos para comprovar.

E as viagens para atividades da igreja? Ir a Caldas Novas, parar na casa de sua família, comer pamonha, rir muito… Os Encontros de Casais, os retiros, os acampamentos, viagens, quantas coisas você realizou para edificar nossa vida e, com isso, foi consolidando um relacionamento de amizade, de parceria, com cada um de nós.

Mas sabe o que foi mais especial? Minha formatura. Não mandei convite para você. Fiz um comunicado no boletim. No entanto, você sabia o tamanho da vitória. Sabia que eu tinha superado depressão, capsulite adesiva e matado um leão por dia para conseguir aquele diploma. E lá estava você. Sérgio e nossos filhos, meus pais, irmãos, sobrinhos, Zenaide e você, meu pastor. Jamais me esquecerei disso! Não há palavras para agradecer.

Relembrei aqui apenas uma pequena parte do que faz de você, meu pastor, o “meu pastor”. Poderia continuar por páginas, falando sobre as coisas que aconteceram, tudo que você fez por mim, por nós.

Por isso e muito mais, nesse seu aniversário, além de te dar os parabéns, eu peço a Deus que venham muitos outros, muito mais alegres e despreocupados do que este de hoje.

Muito obrigada por tudo e dê um beijo meu na Elda, porque sei que nada disso teria acontecido se ela não estivesse ao seu lado.

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