Conheço muitos lugares maravilhosos, em países e continentes diversos. Qual seria meu predileto? Outro dia alguém me perguntou exatamente isso.
Para responder, tenho que pensar um pouco. Meu primeiro impulso é responder: o Grand Canyon! Imediatamente me lembro do Canyon (ou Gorges, em francês) du Verdon, que é um canyon também, mas com vegetação. Bem menor do que o “Grand”, o Verdon é exuberante pelas plantas maravilhosas que o enfeitam que, de certa forma, fazem a compensação pelo tamanho. E as praias? Pipa, Marseille, Santa Barbara, as muitas praias de Floripa. Como escolher?
Pensando em cidades: São Francisco, onde “I left my heart”; Paris, onde me encontrei pela primeira vez ao vivo com meu amado Monet e comemorei em alto estilo as bodas de prata; Rio de Janeiro, minha cidade predileta no Brasil (fora Brasília, claro); Jerusalém, que não pode ser descrita em palavras.
Tem também Orlando. Não canso de lá. Já cheguei a uma etapa em que não preciso mais sair como doida pelos parques, entrando em todas as atrações. Curto cantinhos que ninguém conhece, ninguém acha tempo para simplesmente sentar neles e relaxar.
E o que dizer de Mônaco? Enquanto os Estados Unidos se apresentam como novos ricos a expor sua riqueza, Mônaco é aquela senhora elegante, acostumada com uma fortuna que vem de várias gerações. Não precisa se exibir. Apenas É.
Há um lugar, no entanto, que supera todos esses. Posso estar em qualquer outro e meu pensamento volta para ele sempre. Como a Dorothy de O Mágico de Oz, tenho que repetir: “There´s no place like home“!
Minha casa é uma delícia. No condomínio mais gostoso de Brasília. Com os vizinhos mais simpáticos. No entanto, nem sempre morei nessa casa específica. E, sempre, desde que eu e Sérgio começamos a construir nosso lar, não há lugar no mundo que o substitua. Começou em um apartamento bem pequeno e simples, mas já era o melhor lugar do mundo.
Há quem não entenda nosso prazer de viajar. Gostamos mesmo. (Sexta-feira, lá vamos nós para Belo Horizonte.) Talvez essa facilidade de sair de casa tenha a ver com a certeza de que, na volta, teremos o melhor lugar do mundo para nos receber.
Aliás, nosso melhor lugar é aberto a todos que desejem fazer parte dele. Ontem, Vítor lembrou quanta bagunça e crepe já fez lá em casa. Salão de festas da família. Meu escritório. Gramado que os vizinhos invadem para jogar futebol.
Com toda certeza, para nós, o melhor lugar de todo o mundo.