É isso que falo quando estou exausta.
Coisa ruim é ficar cansada demais. E meu limite é muito pequeno. Não tenho muita energia. Para colocar da forma correta, tenho pouca energia.
Vivi com isso, achando que era preguiçosa, até receber um diagnóstico médico: é fisiológico. Meu organismo “produz” menos energia. E gasta mais do que o das outras pessoas para as mesmas atividades.
Numa era em que o excesso de atividades é a norma quase que unânime, uma pessoa como eu passa por maus bocados. Eu gosto, quero, preciso de ficar quietinha no meu canto. E as pessoas, em geral, não entendem esse conceito. Muitas vezes me sinto um alienígena em uma sociedade que não me entende.
Mas eu tenho que encontrar um jeito de não restar só o caquinho. Então, criei meus mecanismos. Durmo bastante. Ao final do dia, gosto de assistir a programas de televisão que em agradam: Revenge, Grey’s Anatomy, Castle, The Nanny, The Big Bang Theory e filmes românticos e engraçados. Tudo com gente bonita, bem vestida, alegre, com final feliz.
Gosto também de ler. De tudo, menos obrar de horror e terror.
Uma tacinha de vinho ao lado e… vamos lá, juntar os caquinhos para começar de novo amanhã.
Se conselho fosse bom, a gente não dava, vendia. Então vou te vender um, depois você me paga: se você termina todos os seus dias como um caquinho, reveja suas atividades. Não leve a vida assim, não vale a pena. Posso afirmar, sem medo de errar que, se você está exausta todos os dias, ou está doente, ou tem assumido tarefas que não são suas.
Pronto, vendi meu conselho. Você me deve “dérreal” por ele. Quando nos encontrarmos você me paga, certo?