PARIS E CAIXAS DE NATAL

 Escrevi este texto no dia 27 de dezembro de 2008, e senti vontade de fazê-lo voltar à vida.
Outdoor Lights Blown Fuse Three Kings 2 Present Carolers Elf Manger Three Kings Christmas Angel Rockettes 

SOU APAIXONADA PELO NATAL!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
A protagonista de minha história hoje é, mais uma vez, a Alice. Antes, porém, devo deixar claro o cenário.
O Ministério Núcleo da Fé, igreja que Alice freqüenta com seus pais, realiza todos os anos no Natal uma obra maravilhosa. Durante todo o ano vão recolhendo caixas de sapato e pequenos presentes. As crianças da igreja ensaiam um belo musical de Natal. No início de dezembro o movimento começa: as caixas de sapato (centenas) são preenchidas com os presentinhos e embrulhadas. A turma vai a escolas de regiões carentes, a hospitais, praças, enfim, a todo lugar onde houver crianças carentes dispostas a ouvir as músicas. Depois de cantar, distribuem para os “ouvintes” as caixas preparadas com tanto cuidado e carinho, deixando bem claro o simbolismo do presente: assim como Deus nos deu Jesus, nós também damos presentes no Natal, para lembrar o que recebemos. Neste ano foram cerca de 20 apresentações. Claro que as crianças pobres ficam empolgadas com as caixas de sapato repletas de “bobagenzinhas”: lápis de cor, cadernos, massinha de modelar, bonecas e carros baratinhos e assim por diante.
Bem, retomarei esse tema adiante.
Ontem de manhã distribuimos nossos presentes na casa de nossos pais. Temos o costume, em nossa família, de dar presentes a todos. Não gostamos de amigo-oculto, sentimos prazer em dar presentes a todos, mesmo sendo cada um mais simples e muito mais barato do que seria se déssemos a uma só pessoa. As crianças sempre saem no lucro, porque caprichamos mais para elas, claro. E a Alice ontem ganhou um livro chiquérrimo, comprado na Galerie Lafayette, em Paris. É até difícil descrever, e chamar aquilo de livro é simplificar. O tema já é do maior agrado dela: as princesas Disney (ela é a Cinderela, eu sou a Bela Adormecida e a Fefê é a Bela). As páginas abrem e se desdobram em mais páginas, aparecem coisas que a gente não tinha visto antes, uma coisa de doido. Depois que ela abriu tudo, tomou todo o sofá da sala. Junto com a Fefê, as duas ficaram admirando as maravilhas do, digamos assim, livro.
À noite, foi a apresentação do musical deles na igreja, e fomos assistir. Ela cantou com a maior empolgação, quase cai da escada (e mata a tia de susto!), deu ordens a torto e direito, dançou balé e tudo mais. Estava feliz! No fim da apresentação, as crianças sentadas no chão, Clarice chamou as crianças presentes que não haviam recebido presente de Natal. Foram quatro. Aqui a tia chorou mesmo. Que pena… Ninguém se importou em dar nada para aqueles pequenos! Mas receberam as caixas de sapato. Em seguida, todas as outras crianças presentes receberam uma caixa. E, por fim, a surpresa: os artistas receberam!!!!!!!!!! Nenhuma das crianças havia nem pedido uma caixa, apesar de todas as vezes que distribuíram para outras. Ficaram empolgadas.
Logo em seguida o culto acabou e fui rápido abraçar minha Quinininha. Ela vinha radiante descendo a escada com a caixinha dela. Sentei em um dos degraus e ela no outro e começamos a olhar o que tinha dentro. Ela logo viu uma cartela com adesivos e exclamou:
– Olha, tia Cláudia! Eu e você! (eram adesivos das princesas Disney)
Tinha uma corda e ela foi logo pular. Massinha de modelar, daquela mais simples e ela feliz:
– Vou brincar lá em casa.
Uma caixinha com 6 lápis de cor e ela amou. Um caderno que não tinha nem espiral foi recebido com alegria. Tinha um porquinho de plástico, cofrinho. Dentro de um saquinho, um short do Flamengo. Esse ela deu logo para o primo. Tinha prendedores de cabelo que ela amou. Um dominó, quer jogar com a Amanda. E assim por diante, ela ficou ali, encantada com aquela caixa de sapato com presentes bem simples, que não devem ter custado nem um décimo do que custou o livro que ganhou de manhã. Mas a alegria dela era a mesma. Ela ainda não “aprendeu” que há presentes mais “nobres” que os outros. O valor daquela caixa, aos olhos da Quinininha, era, talvez, maior do que o do livro, porque ela viu o valor real. Creio que enxergou o valor da perspectiva de Deus.
“Se não vos tornardes como crianças…”

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NATAL DE CAIXAS DE SAPATO E NO EGITO

Ontem foi um dia especial. Muito especial.
Almoço em minha família Faria. Comida boa era só o detalhe. Conversas e risadas. Amor.
Às cinco da tarde, lá fui eu para o Núcleo da Fé, assistir a apresentação da Cantata de Natal infantil. Todos os anos, em dezembro, eles realizam um trabalho maravilhoso entre crianças carentes, levando a mensagem completa de Jesus: a espiritual e a material também, com distribuição de presentes dentro de caixas de sapato caprichosamente embrulhadas depois de cantarem o amor de Deus. (Mais detalhes sobre esse trabalho maravilhoso no blog da Clarice, o Cheia de Vida. Tem o link aí do lado direito.)
Como apresentam muitas vezes, as roupas e os cenários precisam ser práticos. Crianças de calça jeans e camiseta camuflada fazem parte de um exército. Minha Ripilica faz uma participação especial como Vanda Bontempo, uma apresentadora de TV que, claro, prevê o tempo. Cantata linda, com mensagem clara: Jesus é o motivo do Natal.
De lá, fui para a minha igreja, assistir à cantata das nossas crianças. Natal no Egito. Roupas e maquiagens elaboradas. Cenário lindo. Poderia passar muito tempo elogiando tudo que vi, mas vou selecionar o que mais me tocou. Primeiro, a competência da Andréa. Ela se supera a cada evento que organiza. Depois, a Fernanda como Maria. Linda, com a voz maravilhosa, um ar de tranquilidade como o que imagino que o rosto de Maria tinha. Ah, e a minha Zu, como uma das Belas do Nilo. Cantou, disse suas falas com naturalidade. Coisa mais linda… Ah, e o Marcos bateu num tambor lá, sei nem que nome tem, durante a entrada do Faraó.
Para uma “palhinha” quanto ao talento do Marcos, um vídeo no Youtube de uma apresentação dele com o professor:

 http://www.youtube.com/watch?v=-YtS5yvjACk
No fim, uma mensagem muito especial: Jesus é o motivo do Natal.
Não importa a embalagem. Pode ser com calça jeans e camiseta, ou com cenários elaborados. Pode vir de formas ainda mais caprichadas. Já vi de tudo: camelos de verdade, anjos voando, artistas de cinema lendo os textos bíblicos. Já vi também crianças desafinadas (o que não foi o caso ontem), adultos que mal sabiam ler e cantavam palavras erradas. Já vi todo tipo de comemoração, mas, no fim, a mensagem é a mesma: Jesus é o motivo do Natal!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Sinto vontade de escrever tudo que Ele representa, mas não há palavras suficientes. Para entender o valor dessa frase, Jesus é o motivo do Natal, há uma condição essencial: viver a cada dia em contato com ele para descobrir como Ele é maravilhoso, acima de qualquer coisa que podemos imaginar.