A FELICIDADE ALHEIA

Vivi uma experiência inusitada na primeira quinzena de janeiro: fui a Orlando como guia em uma excursão!
Nunca tinha levado a sério tal possibilidade, já que sou uma das pessoas mais desorientadas (em termos físicos, não emocionais) que conheço. Sou capaz de me perder dentro da FNAC, como me aventurar a ser GUIA de outras pessoas? Mas fui uma guia guiada. Não era a chefe. Mas também não me perdi.
Os grupos de turismo são parte integrante de minha vida, devido ao envolvimento próximo da toda a família com as viagens de todos os tipos. Na verdade, nossa família pode ser considerada um grupo de turistas o tempo todo. Estamos sempre em viagem.
Clarice precisava de mais uma pessoa para janeiro, perguntou se eu queria, e eu aceitei. Sem maiores pretensões. Uma viagem a Orlando, com uma faceta desconhecida.
No entanto, a experiência me agradou muito mais do que eu esperava. Aliás, isso me acontece com bastante frequência: gostar mais do que esperava de uma experiência nova. Por isso mesmo, estou sempre pronta a aceitar o inesperado.
O que mais apreciei na função de guia foi fazer a alegria dos outros. Muita gente vai a Orlando na busca de realizar o sonho antigo de conhecer a magia. E isso a gente encontra lá. Agir como facilitadora para os que tornam sonhos realidade tem tudo a ver comigo. Além disso, conhecer novas pessoas, descobrir pontos em comum com gente que até dias antes era desconhecida são coisas que amo fazer.
Logo nos primeiros dias, descobri que havia no grupo mulheres com a mesma paixão que eu por trabalhos manuais e, especialmente, por scrapbooking. Clarice, mais ocupada do que eu, não teve tempo de conversar tanto, de modo que passei a ela a informação. E tive uma ideia: que tal uma ida à Michael’s? Não estava no programa, mas seria possível incluírmos em algum momento livre? Clarice comprou a ideia. No último dia, pegou a van, e lá fomos nós com sete passageiras para a Michael’s.
(É uma loja com artigos para artesanato. Uma super loja.)
As passageiras ficaram encantadas. Duas horas passaram rápido demais. Compramos, escolhemos, olhamos, desejamos, pusemos e tiramos dos carrinhos. As malas há estavam estourando, mas daríamos um jeito de levar as preciosidades. Eu e Clarice curtimos o passeio tanto quanto as “marinheiras de primeira viagem”.
Enquanto esperávamos as últimas passarem pelo caixa, uma das passageiras se aproximou de nós e disse:
– Quero falar uma coisa para vocês duas. NUNCA, em nenhuma viagem, nunca mesmo, eu fiz um passeio que me agradasse tanto. Sou formada em artes, e esta loja é maravilhosa demais para mim. Poderia passar um dia inteiro aqui dentro, mas essas duas horas já foram uma delícia. Muito obrigada.
Pronto.
Valeu a pena.
Fazer a felicidade de outra pessoa é uma das coisas mais recompensadoras deste mundo. Taí. Amei ser guia. Descobri que ser guia é o mesmo que fazer a felicidade dos outros. Tudo a ver comigo já que, nesse ponto, não sou nem um pouco desorientada.
Eu, guia!!!!
Eu Guia e minha prima Adriana Guia.
Clarice Guia, Eu Guia, Gabriel Guia e João Guia
Vários Zillers Guias
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2 comentários sobre “A FELICIDADE ALHEIA

  1. Primeiro, você é uma escritora, quanto a ser guia para fazer a felicidade de outros, fácil demais, isso é dom que Deus te deu, agora, guia, guia mesmo, só se for dentro de um quarto, ah, pequeno.Você descobriu a magia de satisfazer o desejo dos outros, aliás, você excedeu essa magia. Me lembrei de quando até a Michael's para fazer compras para a Jeanine e a Luiza, coisas simples, mas que enchiam os olhos. Quando você sai do roteiro e anda a extra mile, você conquista qualquer um.Parabéns pelo trabalho, pelo amor e a dedicação que vocês proporcionam para quem acompanha vocês.

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