Dois sujeitos, ou um sujeito composto. No comentário da proposta do desafio, a explicação: “ambos [os elementos] são partes essenciais da imagem e cada um dá contribuição diferente à foto”.

Bem, não sou das artes visuais. Sou da palavra, do raciocínio. Entrei no desafio semanal de fotografias porque gosto de coisas novas. No entanto, não tenho fotos artísticas, e, na verdade, não tenho vontade de seguir por esse caminho. Gosto muito das palavras. As imagens são “acessório”.

Mas, como aceitei participar dos desafios, assim que comecei a pensar no tema, descobri que, para mim, os dois sujeitos da ação que são partes essenciais que se complementam e dão contribuição diferente só podiam ser Flávia e Daniela. No início, eram um sujeito só. Um óvulo. Uma barriga, uma placenta. Mas são dois “sujeitos” independentes. Cada uma é o núcleo de si mesma. Ainda assim, para nós, os pais, a imagem só está completa quando estão as duas juntas.

Agora nossa imagem está partida. Uma aqui, outra lá longe. Ainda bem que uma está aqui, porque houve um tempo em que as duas estavam longe ao mesmo tempo. E, quando encontrei as duas ao mesmo tempo, tirei uma foto que não tem nada de artística, mas que tem muito de alegria. Meus dois sujeitos em uma só imagem… do jeito que eu gostaria que fosse sempre. A outra foto é o todo completo: eu e meus quatro sujeitos.