Muitos falam comigo sobre meu blog, me incentivam a escrever, dizem que se divertem (destaque especial para Rossana e Cláudio nesse ponto – obrigada, viu?). Mas o fato é que quem mais se diverte sou eu. Comentei outro dia com a psicóloga sobre o efeito terapêutico que a escrita exerce sobre minha digna pessoa. Portanto, como ontem aconteceu uma coisa que me deixou bastante preocupada, preciso caprichar no hilário de hoje. E, no meio da situação que vou contar, eu pensei que ia desmaiar de tanto rir. Fui perdendo o ar, e não conseguia mais respirar. Ai, como sofri!
Receita para o desastre: pegue a família Finrinfinfim no Centro-Oeste e leve para uma estação de esqui na Califórnia. Não esqueça o bom-humor, porque você vai precisar, com certeza.
Bem, a Amanda em seu primeiro contato com a neve não tem nada a ver com a história, mas é lindinha demais, não resisti e coloquei a foto.
Vamos à história. Chegamos a Lake Tahoe no início da tarde. Claro que a galera correu para brincar na neve. Adultos e crianças. Euzinha, não! Gosto de neve na foto, nos filmes, ou pela janela do quarto ou do carro aquecido. Mas lá foi a tchurma brincar.
Ao fundo, nas fotos, dá para ver o hotel. Térreo. Um corredor aberto, as portas e janelas dos quartos viradas para o lado onde estava todo mundo. No meio dessa neve toda, uma maravilha: uma jacuzzi soltando fumaça! Da jacuzzi também dava para ver todo o corredor e todas as portas dos apartamentos. Esse é um ponto importantíssimo no desenrolar do drama futuro.
Resolvemos ir para a piscina. Já que ela era bem quente, até eu e a Cristina deixamos o quarto quentinho e fomos. Nem sei quanto tempo ficamos lá, cozinhando. Essas piscinas parecem um canecão de sopa de gente fumegando:
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Serginho, Flávia e Daniela |
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Sérgio, eu, Cristina e Joel |
Cristina e Joel foram os últimos a chegar. Muito organizadinhos, deixaram a roupa dobradinha em uma cadeira, para vestir na hora de voltar para o quarto. Ficamos lá bastante tempo, até que Joel cismou que a água quente combinada com o frio ambiente ia fazer mal para ele. Decidiu voltar para o quarto. Foi o primeiro, então, nosso cobaia.
Quando ele saiu da piscina, já começou a gritar de frio. E saía fumaça dele inteiro! O Joel é muito grande, então saía MUITA fumaça. Eu nunca tinha visto uma pessoa-chaminé! Bem, ele pegou a calça para vestir. E começou a gritar mais e a pular. Como tem a voz grave, os gritos do Joel são meio guturais, semelhantes aos do abominável homem das neves. Ninguém entendia o que estava acontecendo, e ele não explicava. Só gritava. E pulava. Tentou vestir uma perna, tirou, tentou a outra, tirou de novo. Pulando e gritando o tempo todo. Dá para imaginar o que a turma dentro da piscina fazia.
Desistiu da calça, pegou o casaco. Mesma coisa. Um braço, outro braço. Pula, pula. Grita, grita. Fumaça, fumaça. No meio da barulhada, conseguimos concluir o óbvio: se você deixa a roupa exposta a uma temperatura vários graus abaixo de zero, ela também fica… abaixo de zero. A roupa estava geladíssima. O piso também, por isso ele pulava tanto. Como ele estava com o corpo muito quente, doía tudo por causa do gelo.
Depois de muita confusão com roupa e toalha, ele achou melhor ir para o quarto. Agarrou tudo, meio abaixadinho, e saiu correndo pela neve. Soltando fumaça. Só que o quarto dele era um dos últimos. Então, da piscina, a gente via aquele ser abaixado, fumaçando, agarradinho nas roupas dele, quicando por todo o corredor. De repente, a Cristina riu mais alto e conseguiu dizer:
– Ele esqueceu a chave!
Foi nessa hora que eu achei que ia desmaiar. Não conseguia mais respirar e fui ficando mole. E ele chegou e ficou pulando abaixadinho na porta do quarto, mas não entrava. E a fumaça subindo aos céus. Felizmente para ele, tinha levado a chave. Só que tremia tanto de frio que não conseguia enfiar o cartão na abertura da fechadura.
Tudo está bem quando acaba bem. Ele conseguiu entrar, se aqueceu, não ficou gripado. Mas a verdade é que goianos e mineiros se saem muito melhor em outro tipo de ambiente:
SNIFFFFF,SNIFFFFF, estou chorando literalmente…!!!Vc quase desmaia, e eu fico lacrimejando e tossindo depois de tanto rir!!! kkkkkkBjs
Rô, pela lista que eu tenho aqui, você ainda vai rir muuuuiiiiiitoooo! Beijo!
Cláudia, como você escreve bem. Você relatou tudo nos mínimos detalhes, como consegue lembrar tão bem dessas coisas, parabéns cunhada.