SUGESTÃO PARA UMA EMENDA CONSTITUCIONAL

Isso mesmo. Acabou a brincadeira. Já se passaram quase duas semanas da cirurgia, estou super bem, retomo hoje a vida séria.
Não sei qual é o meu peso hoje. Esqueci de pisar na Cicinha de manhã. Vou ver se lembro amanhã.
O caso é o seguinte: meu esquema está furado (ai, ai, ai). Eu sempre vou ao banheiro na hora em que me levanto, troco a roupa. Nesse momento, me peso. Como não tenho trocado a roupa, sempre fico com o pijama mesmo, por causa de abotoar na frente, acabo esquecendo de me pesar. Mas vou me esforçar para trazer o numerozinho sofrido amanhã.
Estou super contente com o resultado das duas cirurgias. A do rosto quase nem dá para ver a cicatriz. A dos seios foi mais complicadinha, e ainda incomoda um pouquinho, mas muito pouco quando comparado ao bem que me fez.
É como se eu andasse com dois saquinhos pendurados no pescoço e, de repente, alguém os colasse no lugar certo. Vamos imaginar de outra forma. Pegue duas sacolas de supermercado. Coloque pouca mercadoria em cada uma, amarre as duas e pendure no pescoço (as sacolas para a frente, claro). De repente, alguém muito caridoso vem, pega as compras e coloca em sacolinhas menores, tira o nó de trás do pescoço e prende no peito. Imagina o alívio! Nada pendurado! Tudo grudado! Coladinho no lugar certo!
Toda mulher deveria ter o direito de fazer isso. Acho que vou sugerir uma emenda constitucional neste sentido.

SOBRINHOS – FOFÃO

Acho que ele nasceu com esse sorriso lindo.
Meu primeiro sobrinho! Que delícia ser tia! A tia pode mimar, dar comida fora da hora, atender as vontades, levar a festas e viagens. Na hora difícil, de ensinar, corrigir, pôr de castigo, lá vêm os pais. É meio como ser avó…
Daniel Paulo. Nome bonito, como ele, o mesmo do avô. Desde pequeno, Fofão teve uma paixão: cavalos. Quando não estava pensando em cavalos, pensava em cavalos. Antes de saber ler já colecionava revistas e livros sobre o assunto. Guardava tudo com cuidado em uma pasta de couro. 
Quando aprendeu a ler e escrever, pegava cadernos e copiava das revistas o que o interessava. E guardava os cadernos também dentro da pasta de couro.
Com o passar do tempo, o interesse pelos cavalos… não mudou nada! Continua apaixonado por eles. Gosta de laçar, de montar, de fazer sei mais o quê se faz com aquele bichos.
Fofão era o companheiro do avô nas atividades rurais. Ia sempre com ele para a fazenda, participava de tudo que se relacionava à fazenda. Um dia, logo depois que o vô morreu, me disse que nunca mais ia voltar lá. Mas voltou. E volta sempre, para ver se está tudo em ordem, para levar a avó. Se superou, venceu a dor.
Meu lindão já passou por momentos bem difíceis em sua vida, mas esse sorrisão da foto nunca se apaga. Sabe enfrentar adversidades sem perder a capacidade de sorrir. Isso é raro. 
Ele nasceu em um momento de minha vida que me facilitou me apegar a ele. Serginho já não era bebê e eu não pensava em ter mais filhos (Deus tinha outros planos e me mandou a Flá e a Dani de uma vez só, para eu ficar esperta.). Por isso, curti de montão aquele bebê lindo e bonzinho. Pegava no colo, apertava o quanto queria. Ele foi crescendo e eu continuei apertando. De repente, percebi que ele não gostava mais. Acho, até, que demorei muito para me tocar. Um dia, prometi a ele que só o apertaria de novo no dia em que ele deixasse. Foram anos de seca… E, hoje, ele me aperta.
Bem, vou colocar um ponto final, porque meu Fofão vem aqui agora deixar a moto do Serginho. Não sei explicar porque a moto está com ele, já que ele tem uma também, mas são coisas de primos, é melhor eu só pegar a chave, apertar meu Fofão e achar boa a visita dele.