FRAGILIDADE

Não sou uma pessoa de muita energia física. Canso-me com facilidade. Na foto acima, por incrível que pareça, eu estava em Nova York, no Top of the World e, em vez de curtir o passeio, a única coisa que desejava era ir até o hotel e tirar uma boa soneca.
O problema é que o Sérgio é o oposto. Para ele, é impensável “desperdiçar tempo” em uma viagem descansando no hotel. Então eu me arrasto no ritmo dele. O preço que pago, só eu sei. Até certo ponto, consigo aproveitar um pouco, depois, viro robô. Vou empurrada por alguma bateria externa.
Interessante é que meu corpo encontra maneiras de dizer que chega. É comum eu ficar doente, ter febre, dor de garganta, gripe e outras doencinhas nada graves, que surgem do nada e desaparecem depois que consigo o descanso de que necessito.
É ruim confundirem fraqueza, ou falta de energia, com preguiça. Cresci achando que eu era preguiçosa, e só recentemente descobri que existe muita gente como eu, com o nível de energia mais baixo do que o da maioria das outras pessoas.
Na sociedade moderna, bonito é ser estressado, agitado, cheio de atividades. Não há muito lugar para quem prefere ficar em casa, fazer exercícios em ritmo lento, produzir menos por dia, respeitando seus limites. Há discriminação contra nós.
Mas eu posso dizer que tenho conseguido, aos poucos, impor minha posição, e deixar claro que tenho limites físicos, que pretendo respeitar.
Tudo isso me veio à mente hoje. Pela primeira vez saí, depois da cirurgia, para almoçar. Fui ao médico algumas vezes, mas só daqui para o consultório e de lá para cá. Hoje, contudo, fomos a um restaurante. Esperei em pé um tempão, estava lotado, fomos para outro. Almoçamos devagar, conversando. De repente, senti uma fraqueza imensa. Só queria vir embora. Ainda precisávamos pegar os cachorrinhos no Pet Shop. Cheguei em casa simplesmente exausta. Deitei, dormi por mais de duas horas. Acordei porque o Sérgio precisava fazer meus curativos antes de sair.
Eu me recupero devagar. Estou bem, não sinto dor, mas ainda estou sem forças para retomar minhas atividades normais.
Descobri que estar em forma inclui saber respeitar tais limites. Não pretendo, jamais, ser maratonista. Mas pretendo, sim, desenvolver ao máximo meu potencial, em todas as áreas de minha vida.
E, para isso, conto com sua ajuda, Bloguinho!!!!! Espero que, em breve, consiga voltar a me encontrar com você diariamente, como vínhamos fazendo. Nossos encontros me fortalecem.

SOBRINHOS – GUI

 
Meu herói de hoje é o Gui.
Guilherme Ribeiro. Figuraça. Em muitos aspectos, parece com meu filho. Eu e Eliane acabamos nos divertindo com isso.
Gui está na Nova Zelândia. Não sei por que esses meninos precisam crescer e ir para tão longe! Deviam ficar sempre por perto, alegrando a gente.
O menino é inteligente, bonito, forte, engraçado, charmoso, tem quase tudo de bom, mas um defeito grave: é flamenguista! Bem, no dia de hoje, deve estar sofrendo se souber que meu Galo deu de 4×0 no time dele. Bem feito, quem mandou contratarem o Luxemburgo? Resolveram, para mim, dois problemas – meu time ganha e o deles perde.
Pensando bem, isso não tem lá muito a ver com o tema do texto, mas estou tão feliz com a vitória… Acho que o Gui entende.
Esse galã gosta de aprontar. Uma das últimas foi postar no Orkut fotos pelado (de costas, felizmente) na neve da Nova Zelândia. Eu falei para ele que poderia ter passado sem ver isso mas, aqui entre nós, sr. Blog, a bundinha dele é muito lindinha.
Eu fico imaginando o Gui trabalhando em uma lanchonete lá na NZ. Sabe água é óleo, que não misturam? O cara é o maior boyzinho, sempre produzido, cabelinho com gel, roupa transada… Fico aqui tentando fazer uma imagem mental dele com o uniforme da lanchonete, mas não consigo. Só lembro da foto na neve.
Sinto muita saudade do Gui. Pela foto acima, dá para ver como ele é carinhoso. Eu estava parada na calçada, no Universal Studios, em Orlando, quando ele veio e me abraçou:
– Ô minha tiazinha bonitinha!
Bondade dele, claro, mas eu me derreti, e não foi do calor. Não sei quem me fez o favor de tirar a foto, mas fiquei radiante por ter esse momento especial gravado para sempre, não só no coração, mas também no papel e no computador.
Espero que o Gui não seja desses que vai fazer um curso em outro país e não volta mais. Desejo, de todo coração, que ele volte logo, porque está fazendo muita falta em nossa família.