Primeiro dia do meu desafio e minha mente está em branco. Ou melhor, cheia de sugestões que não levam a nada. Becos sem saída, digamos assim.
Já me passaram pela cabeça vários temas: chuva no telhado, o jogo Guga x Agassi, meu amor por viagens, o dia em que andei de sutiã no parque da cidade, minha mãe internada e eu sem poder visitar, a história de como aprendi a ler, de onde vem minha paixão por escrever, o que gosto de escrever, o processo que acontece da ideia ao texto (o meu, pessoal, não uma aula técnica), a história de amor entre eu e meus cachorrinhos, etc. etc.
São quase três horas da tarde. Pela quantidade de “temas”, fica claro que nenhum deles avançou muito.
Descobri no Twitter esse site para aspirantes a escritores – Writer’s Digest. Muito interessante, com vários cursos que pretendo fazer no ano que vem. Não quero começar agora, porque fiz um curso de um fim de semana no mês passado e ainda estou fazendo as tarefas, ainda tenho muita coisa a aprender lá, me aprofundando na apostila que recebi.
Eu escrevo desde sempre. Na verdade, o jeito que mais me agrada é no papel, com lápis (caneta, não!). Mas transito com facilidade pela internet, digo que sou “cibernética”. Dou sempre um jeito de produzir alguma coisa: diário, blog, coisas que não mostro para ninguém, contos, descrevo sonhos que tive, cartas, e por aí vai. A escrita é tão natural e fácil para mim que acho engraçado quando uma pessoa me diz que tem dificuldade. Sempre digo:
– É só pôr no papel o que está no seu coração.
Bem, meu coração hoje está meio caótico. Não encontra um rumo definido para registrar aqui. Mas não posso começar o desafio com uma derrota. Por isso, deixo registrados aqui os becos sem saída de hoje. Até amanhã eu encontro uma saída e escapo do beco.